O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento que normalmente surge nos primeiros 3 anos de vida da criança. Esse transtorno afeta três importantes áreas: a comunicação, a interação e o comportamento. Porém, nem todas as crianças apresentarão as mesmas características.
Segundo a ONU, atualmente, estima-se mais de 70 milhões de pessoas com autismo, quadro esse que aumenta a cada dia.
Em minha experiência profissional como psicóloga e neuropsicóloga, alguns fatores me chamam a atenção. O primeiro seria o despreparo das escolas na inclusão desses alunos. Geralmente, não existe um planejamento estratégico para que a criança seja engajada no meio escolar e receba a educação , com uma metodologia de ensino adequada , assim como, também são deficitários no sentido de acolhimento a seus cuidadores.
Outro fato de grande relevância é o desconhecimento do assunto por parte dos cuidadores que, mesmo após o diagnóstico, não sabem qual caminho escolher. A falta de informação, de entendimento e de aceitação são fatores que prejudicam a terapêutica do processo. Precisamos entender que quanto mais cedo um diagnóstico, mais cedo superamos as limitações. As limitações podem ser momentâneas.
Não podemos esquecer dos diagnósticos tardios. Se, atualmente, temos pouco apoio informativo, imagine a 20, 30 anos atrás? Mas o mais importante é que, mesmo tardio, essas pessoas estão chegando ao consultório.
Não caminhe sozinho. Sabe qual será seu maior aliado? A sabedoria.
Caminhe de mãos dadas com a sabedoria porque será através dela que você encontrará recursos para lutar por seus direitos e preconceito.
Vou deixar duas perguntas para reflexão: De que forma você pode ajudar na inclusão? E de que forma você pode se manter confortável durante o processo?
Não espere pelos outros; faça a sua parte.